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Considero que a espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano, tais como amor, paciência, tolerância, renuncia, contentamento, noção de responsabilidade e de harmonia que trazem felicidade tanto para a própria pessoa quanto para os outros.
- Audinice Bortoleti Pereira

COMO É BOM SER BOM - José Martins Fontes

Tu, que vês tudo pelo coração,
Que perdoas e esqueces facilmente,
E és, para todos, sempre complacente,
Bendito sejas, venturoso irmão.

Possuis a graça como inspiração
Amas, divides, dás, vives contente,
E a bondade que espalhas, não se sente,
Tão natural é a tua compaixão.

Como o pássaro tem maviosidade,
Tua voz, a cantar, no mesmo tom,
Alivia, consola e persuade.

E assim, tal qual a flor contém o dom.
De concentrar no aroma a suavidade,
Da mesma forma, tu nasceste bom.



José Martins Fontes, foi médico, poeta e destacado humanista, brasileiro, nascido na cidade paulista de Santos, em 23 de junho de 1884. Desencarnou em Santos em 25 de junho de 1937 e está sepultado no Cemitério de Paquetá, desta cidade.

Como médico, notabilizou-se como conferencista e foi tisiologista da Santa Casa de Misericórdia de Santos e da Sociedade Portuguesa de Beneficência.

Busto dedicado ao Dr. Martins Fontes - Praia José Menino - em frente ao Canal 2
Placa de bronze dedicada ao Dr. Martins Fontes, na entrada do Hospital
Beneficência Portuguesa de Santos - Canal 2
A partir de 1924 tornou-se correspondente da Academia de Ciência de Lisboa.
Escreveu poemas como: Verão; Rosicler; Vulcão; Marabá; Escarlate; Prometeu; O céu Verde; Arlequinada; Partida para Cítera; Boêmia Galante; Laranjeira em Flor; O Colar Partido; A Fada Bom-bom; A Flauta Encantada; Sombra; Silêncio e Sonho; No Templo e Na Oficina; Sevilha; Granada; Torres de Fanasia; Paulistânia;  Guanabara;Nos Rosais das Estrelas; Fantástica; Sol das Almas; I Fioretti; Canções do meu Vergel; e outros.

O soneto “Como é bom ser bom” é considerado o seu verso mais famoso e, antes de tudo um lema de vida que Martins Fontes sempre cultivou, como médico tisiologista da Santa Casa de Santos (a primeira do Brasil, fundada por Brás Cubas).

Figura notável, era venerado pelo povo — notadamente pelos mais humildes. Sua morte causou grande consternação, tendo seu funeral, conforme testemunhos da época, paralisando a cidade. Seu túmulo no Cemitério do Paquetá, em Santos/SP, é um dos mais visitados.

Após a desencarnação de José Martins Fontes, como espírito, portanto "força" liberta da matéria, torna-se quase comum ouvi-lo numa doutrinação espiritual na Casa Racionalista Cristã de Santos.

Vejamos a referência que nosso amigo Ulysses Cláudio Pereira fez sobre a vida do médico humanista e poeta Martins Fontes, numa doutrinação de esclarecimento espiritual.

REFLEXO - Como é bom ser bom! É gratificante para o espírito. É o que meu intuído raciocinou neste momento, é assim que ele programa a sua vida e vem assistir a estas reunões. Ele sente-se muito bem.

DOUTRINAÇÃO - O autor dessa frase foi o santista Dr. Martins Fontes. Era dele essa frase “como é bom ser bom”. Ele não só disse essa frase, como também soube vivê-la. Em vida física, foi um exemplo de ser humano, soube compartilhar a dor do seu semelhante, soube estar presente no momento certo para aliviar a dor do ser humano. Não só do ser racional, mas também dos animais irracionais.

Dizem os que o conheceram que ele socorria um animal doente abandonado nas ruas, recolhendo-o, e quando recuperava a saúde liberava-o. São almas grandiosas como essa que vêm ao planeta Terra e demonstram às demais criaturas que ser bom é um bem para o espírito. Porque ser bom nada custa, é mais fácil a criatura ser boa, na expressão da palavra, do que ser uma criatura má.

Para sorrir movimentamos 16 nervos, para fazermos uma carranca movimentamos 62. Vamos sorrir; mesmo por economia, a criatura tem que aprender a sorrir, ter alegria na vida, entender que está no mundo Terra de passagem, fazendo o aprendizado, e não há razão para a criatura ser ruim.

O mais importante é ser bom, irradiar pensamentos dignos e valorosos a todos os seres humanos, porque formará uma corrente do bem, e essa há de espancar as trevas da ignorância que produz efeitos maléficos nos seres encarnados e desencarnados. 

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