Lucy a mãe de Eva |
A epiderme é revestida por uma película transparente, incolor, permitindo ver-se as cores por baixo dela.
Logo abaixo dessa parte transparente, encontra-se uma camada especial de células que produzem uma substância marrom-escura, chamada melanina.
Agora vocês podem compreender por que algumas pessoas têm a pele mais escura do que as outras.
As pessoas de cor negra não têm uma quantidade maior de células produtoras de melanina, em comparação com a das pessoas de cor branca. A diferença é que as células das pessoas negras produzem mais melanina. Se as células produzem apenas um pouco de melanina, a pessoa terá uma pele muito branca, muito clara. Há uma anormalidade congênita chamada albinismo que se caracteriza pela ausência total ou parcial do pigmento da pele. São pessoas totalmente brancas, mesmo as de raça negra.
Se o conjunto de células da pele não produzir melanina uniformemente, a pessoa terá uma pele manchada e será sardenta. Se cada célula produzir uma grande quantidade de melanina, a pele será marrom-escura, tão escura que realmente parecerá preta.
Os cientistas não sabem por que as células da pele se comportam desta maneira. Alguns naturalistas acham que a pele escura ajudou os povos antigos a viver bem na África, onde o sol é abrasador e há poucas nuvens.
Quando os homens se instalaram nas regiões situadas bem ao norte do planeta, em terras onde o tempo é frequentemente nublado, com pouco sol, aqueles que tinham pele mais clara se adaptaram melhor. Gradativamente estes povos se tornaram pálidos. Sua pele, na atualidade, é quase branca, mas parece às vezes rosada, por causa do sangue, cujos vasos sanguíneos situam-se logo abaixo da epiderme.
Alguns povos do Oriente não são nem escuros, nem róseos. Sua pele tem coloração dourada. Esta cor vem de uma fina camada de gordura amarela, situada por baixo da camada que contém os vasos sanguíneos. A substância amarela que colore esta camada de gordura é chamada caroteno. É o mesmo corante da gema de ovo, da manteiga de leite, da cenoura, etc. Por que esses povos têm mais caroteno que os outros? Não sabemos, ainda.
Nós não devemos ter preconceito quanto à cor da pele dos outros.
Como espíritos que somos, devemos pensar: “Eu sou eu. Nesta encarnação estou habitando um corpo branco, ou preto, ou amarelo, ou vermelho, ou mestiço, masculino ou feminino”. Isso significa que o planeta Terra não é habitado por corpos, mas sim por “eus”, que simplesmente vivem encarnados em diferentes corpos. A essência do “eu” não é negra, nem branca, nem vermelha, nem amarela, nem mestiça, nem masculina, nem feminina. Ela apenas é. Nossa percepção, nosso “eu” não é masculino nem feminino. Não é branco, nem negro, nem de qualquer outra cor.
Simplesmente é, e os corpos que habitamos são nossos trajes, nossas roupas para bem convivermos com as condições físicas do planeta Terra e para representarmos nossos papéis, durante nossas passagens pelo cenário do mundo em que vivemos.
E não se esqueçam! Esses papéis nós mesmos o escolhemos antes de reencarnar, e todo sucesso ou insucesso que ocorrer no desempenho deles dependerá exclusivamente de nós próprios, através do uso que fizermos do nosso livre-arbítrio durante a vida.
Por exemplo, quando se fala em índios, muita gente pensa que são selvagens que vivem em aldeias cercadas. Pensam também que matam os inimigos e durante as suas danças praticam o canibalismo, isto é, devoram a carne humana. Essa prática é chamada antropofagia. Mas isso não é verdade. Trata-se de um preconceito que o colonizador estendeu a todos os povos indígenas, quando conheceram os índios tupinambás, que praticavam o canibalismo durante os rituais guerreiros. Os tupinambás pertenciam a diversas tribos tupi-guaranis que habitavam o litoral do Brasil, no século XVI.
No início da colonização, em 1700, existiam no Brasil mais de 3 milhões de índios, que doenças e guerras de conquista reduziram a pouco mais de 200 mil nos tempos atuais. Em 1900, havia 230 grupos tribais, mas muitos deles desapareceram nos últimos oitenta anos. Mesmo assim, existem ainda no Brasil quase 150 povos indígenas, que falam mais de cem línguas diferentes. Apesar de haver semelhanças, cada povo possui características físicas, língua e costumes próprios, que o diferenciam dos demais.
Além das várias línguas diferentes, existe grande diversidade biológica, como, por exemplo, no grupo tupi, os índios são baixos; entre os tupinambás, predominam indivíduos de estatura média e magros; já os índios do Alto Xingu são bem altos e corpulentos, existindo entre eles os da raça kreen-Akrore, que têm pele escura e são quase negros.
As aldeias variam de tribo para tribo. Os antigos tupinambás construíam suas aldeias dispondo as casas em círculos; os xavantes já dispunham as suas casas em semicírculos, formando uma ferradura, e os caiovás têm suas aldeias reduzidas a uma enorme casa. Várias tribos são seminômades, ou seja, parte do ano permanecem na aldeia e na época da seca vagueiam à procura de alimentos, construindo pequenos abrigos.
A diversidade dos índios brasileiros também é grande no que diz respeito à produção de alimentos. Existe uma estreita relação entre os costumes alimentares e os recursos naturais da região onde cada tribo vive. Por exemplo: os índios do Alto Xingu dedicam-se muito mais à pesca do que à caça; caçam individualmente e preferem a caça de aves. Já os timbiras fazem grandes caçadas coletivas, pois a caça tem enorme importância na sua alimentação.
As técnicas agrícolas são quase as mesmas nos vários grupos tribais, mas existem muitas diferenças quanto ao tamanho das roças, a quantidade e o tipo de produtos cultivados. A agricultura dos xavantes consiste apenas no plantio de três vegetais: o milho, a fava, uma espécie de vagem, e a abóbora. Já os índios mundurucus, que vivem na bacia do Rio Tapajós, plantam mandioca, batata-doce, milho, fava, abóbora, cará, ananás e pimenta.
Ao chegarem à América, os europeus pensavam ter chegado às índias. Por isso, chamaram de índios todas as populações aqui existentes, do norte ao sul do continente americano, embora eles fossem radicalmente diferentes, tanto no aspecto físico como no cultural, como, por exemplo, os tupinambás do Brasil e os iroqueses da América do Norte.
Vejamos esta experiência de 2 jovens norte americanos Jason Roberts e Quentim Brunson, em pleno século 21, ano de 2014, provam que ainda temos reações que nunca deveriam ter existido.
Os dois resolveram se unir e eles mesmos representaram dois ladrões tentando arrombar um carro. Toda a ação foi filmada sem que as testemunhas soubessem, só para registrar a reação delas ao presenciarem o roubo. O resultado é lamentável.
Jason Roberts, que é branco, passou 30 minutos tentando entrar em um carro e ninguém se aproximou dele.
Já Quentin Brunson, que é negro, tentou a mesma façanha e foi preso em dois minutos.
De acordo com Roberts, o objetivo do vídeo é mostrar como as pessoas são tratadas de forma diferente dependendo de sua cor em algumas cidades americanas onde o racismo ainda está muito presente. Assista a experiência em vídeo.
por Fernando Faria
Fonte:
Livro A Chave da Sabedoria